sábado, 3 de outubro de 2015

Quando os pais pedem a morte dos filhos

Esta questão é muuuuuito sensível! Como ainda estou para ter um filho... nem sequer quero pensar numa situação destas...

Em Santiago de Compostela, há um casal que tem uma filha que, infelizmente, sofre de uma doença neurodegenerativa irreversível. Este casal luta, dia após dia, há cerca de 8 anos (a menina tem 12) contra esta infelicidade da vida e, aparentemente, a saúde da menina tem-se agravado consideravelmente desde setembro de 2014. A criança sofre, os pais sofrem, a família sofre...

Os pais pedem que seja retirado o suporte artificial de vida e já têm um parecer favorável a esta decisão do comité de ética da unidade hospitalar onde a menina está internada. No entanto, os médicos do serviços de pediatria discordam e recusam seguir este parecer, alegando que ainda não está na altura de "retirar o suporte artificial de vida", suportando que o parecer daquele órgão não é vinculativo.

Os pais estão indignados, querem que a filha deixe de sofrer. Têm esse direito? Bem, quem, mais que os próprios pais, pode estar interessado no bem-estar da criança? E querer "desligar a vida" da menina não deve ser, de todo, uma decisão tomada de ânimo leve.

Por outro lado, os médicos são quem mais sabe sobre estes assuntos, certo? Quem, melhor que os especialistas da área, pode saber se ainda pode haver alguma hipótese? Alguma réstia de esperança?

Bem, de facto, esta é uma questão mega dúbia, que suscita muitas questões e não é, de todo, de decisão fácil.

Oxalá, nunca ninguém tivesse que passar por situações destas... isso é que era!

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